educação especial

AVALIAÇÃO NA ESCOLA: COMO AVALIAR SEM ROTULAR?
Sabrinna Aparecida Machado de Moraes

RESUMO

O presente artigo tem por objetivo analisar e refletir as formas com que a avaliação vem sendo usadas nas escolas e com isso buscar novos elementos para a compreensão da maneira menos excludente de usar a avaliação. Este instrumento foi elaborado a partir de experiências vividas por alunos de ensino fundamental e de algumas pesquisas bibliográficas a cerca do assunto e o problema a ser pesquisado foi definido considerando-se a perspectiva social e o como avaliar ancorado nessa perspectiva. Busco analisar se a avaliação tem cumprido o seu papel ou tem sido utilizada como ferramenta de separação nas salas de aula, visto que a escola é elemento de mediação das transformações sociais e não propagador das exclusões. A prática pedagógica pode contribuir para a mudança da realidade, desde que esteja efetivamente articulada com a prática social, relacionando‐se dialeticamente com a sociedade.

Introdução Avaliar vem do latim a+valere, que significa atribuir valor e mérito ao objeto em estudo (KRAEMER, 2011). Portanto, avaliar é atribuir um juízo de valor sobre a propriedade de um processo para a aferição da qualidade do seu resultado, porém, a compreensão da avaliação do processo ensino/aprendizagem tem sido pautada pela lógica da mensuração, isto é, associa‐se o ato de avaliar ao de “medir” os conhecimentos adquiridos pelos alunos (VASCONCELOS, 1994; HOFFMAN, 2001; LUCKESI, 2005). Ao relatar suas experiências escolares, os sujeitos desta pesquisa descreveram e explicaram as situações vividas, obtidas por meio de exercícios de memória. De acordo com Kenski (1995), o material recuperado pela memória é um material "vivo" constituído por constante reconstrução das vivências passadas, acrescido de novos conhecimentos e experiências individuais e sociais do momento presente. Pode igualmente, ser considerado como um