Educação escolar indígena

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Educação escolar indígena
A educação escolar indígena no Brasil, a partir do descobrimento até bem pouco tempo atrás (final da década de 80) era imposta aos povos indígenas sem se preocupar com suas diferenças de cultura e língua enquanto povos humanos. Sua “colonização” foi marcada muitas vezes pela imposição de costumes culturais, linguísticos e religiosos desses povos colonizadores, que acreditavam serem povos de cultura mais adiantada impondo seus conhecimentos à povos atrasados culturalmente.
A partir do século XX estudos antropológicos revelam que esses povos eram detentores de cultura, religião e língua diferentes das dos demais povos, e que a imposição de “conhecimentos” aos mesmos sem estuda-los e respeita-los em suas diferenças, não seria o caminho correto pois eram eles também detentores de “conhecimentos” diferentes aos de seus “colonizadores”.
Com a criação dos serviços de proteção aos índios (SPI em 1910) com o enfoque na integração cultural, cujo objetivo era de transformá-los em trabalhadores através (novamente) da imposição de cultura dominante com o intuito de integrá-lo à sociedade, com a inclusão do processo da educação nas áreas indígenas pelas missões evangélicas protestantes.
Com a criação da Fundação Nacional do índio (FUNAI em 1967), instaurou-se o ensino bilíngue aos índios com o ensino sem sucesso da língua portuguesa em detrimento da não percepção por parte dos educadores da língua materna do grupo étnico local, tornando esse ensino obrigatório a partir do estatuto do índio (Lei 6001 de 1973) e com a execução a cargo do SIL (Summer Institute of Linguistics) com a educação centrada na língua materna dos grupos.
No final dos anos 70 aos anos 80, desencadeia-se as reivindicações para processos de escolaridade diferenciados, direito a à diferença e a criação de projetos e tratados por parte dos movimentos pró- índio, indigenistas, professores e pesquisadores marcando este período como de grande importância na educação escolar

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