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Nem só de entretenimento vive o cinema. Entre contos amorosos, comédias engraçadas e enredos fantásticos, o documentário Um Sonho Intenso se destaca por trazer para a sétima arte a evolução da história econômica do País desde os anos 1930. “Não é um filme cultural. Trata-se de uma obra de ideias, cheia de interpretações. É um desafio trazer para o público um trabalho com esse tom histórico e, ao mesmo tempo, queria um relato reflexivo, como um conto comentado”, diz o diretor carioca José Mariani (de O Longo Amanhecer – Cinebiografia de Celso Furtado, de 2007), cuja produção esteve no Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade, ocorrido em abril.

A pesquisa realizada pelo cineasta ainda não chegou ao mercado de maneira oficial – seu lançamento está programado para o segundo semestre –, mas ganha exibição especial este mês no Grande ABC. Com sessão gratuita no dia 15, a partir das 19h, a atividade marca o início do ano acadêmico do campus de São Bernardo da UFABC (Universidade Federal do ABC). O público externo da instituição está convidado.

Na tela, uma seleção de renomados pensadores nacionais analisam a evolução socioeconômica do Brasil em diferentes momentos, passando pelo inicial ciclo do café, a importância do ex-presidente Getúlio Vargas para a construção do Estado brasileiro, a intervenção estatal durante o governo de Ernesto Geisel e a recente criação de empregos durante a crise econômica mundial de 2009. Tudo é relatado com a ajuda de informações pontuadas por nomes como Fransciso de Oliveira, João Manuel Cardoso de Melo, Maria Conceição Tavares, Adalberto Cardoso e José Augusto Ribeiro.

Segundo o cineasta, “mesmo em um documentário, o diretor tem que buscar boas histórias e bons atores, mas pegar personagens que saibam o que dizer e como dizer. Fui atrás desse time por seu talento e pela qualidade de seu conhecimento, além de conseguirem passar tudo de maneira forte”.

Um dos principais entrevistados é o veterano economista Carlos