EDUCAÇÃO DE ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES
No decorrer da história educacional do Brasil, o atendimento ao superdotado teve início com a professora Helena Antipoff na década de 50, do século XX, que recebia grupos, dos então chamados bem-dotados, em uma fazenda onde desenvolvia atividades multidisciplinares durante as férias escolares. A professora Helena percebia que os Superdotados necessitavam de consideração especial no lar, na escola e na sociedade.
Após meio século, entretanto, apesar de ser considerado superdotado, a sociedade educacional não vê o educando que tem talentos especiais, como merecedor de adaptações curriculares como qualquer indivíduo que apresenta necessidades educacionais especiais. São indivíduos que apresentam diferenças dentro da diversidade que é característica do universo humano, portanto, os superdotados requerem que o ensino seja adequado às suas necessidades específicas. O potencial que estes indivíduos apresentam somente será aproveitado em sua plenitude se tais necessidades sejam atendidas no lar, na escola e na comunidade.
Apesar do avanço significativo de estudos sobre questões relacionadas á superdotação, nas duas últimas décadas, pode-se considerar que o aluno superdotado é negligenciado no contexto escolar. Na literatura sobre o assunto encontram-se estudos referindo-se ao currículo, desenvolvimento sócio-afetivo, intervenção psicológica, mas, observa-se que são raras as pesquisas que fundamentam teoricamente a prática pedagógica, com educandos que apresentam capacidades especiais. A ausência de estudos sobre o tema acarreta lacunas, as quais originam mitos sobre o educando superdotado. Os autores demonstram também, a preocupação pela ausência de investimento na educação do Superdotado (Pérez, 2003; Alencar e Fleith, 2001; Schiff, 1994).
Sem uma prática pedagógica efetiva que contemple a diversidade a escola para estes indivíduos constitui um contexto sem desafios, desmotivando-os. Com isto, o aluno pode ter um desempenho acadêmico aquém de suas