Edgar Morin

MORIM, Edgar. Os setes saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2000.

No livro, o autor tenta passar reflexões que sirvam como base para se repensar a educação do século XXI. Colocando em evidência temas que não podem faltar no homem da atualidade.

“Eles dizem respeito aos setes buracos negros da educação, completamente ignorados, subestimados ou fragmentados nos programas educativos. Programas esses que, na minha opinião, devem ser colocados no centro das preocupações sobre a formação dos jovens, futuros cidadãos.” (p.01).

Para o autor, existem inúmero erros e ilusões que podem ocorrer na transmissão do conhecimento, sendo assim, estamos mais vulneráveis a cometer equívocos. E, nesse ponto, ele afirma que, apesar de ser de fundamental importância, nunca se ensina o que é de fato o conhecimento.

“O conhecimento é sempre uma tradução, seguida de uma reconstrução.” (p. 01). “Portanto, temos percepções, ou seja, reconstruções, traduções da realidade. E toda tradução comporta o risco de erro. Como dizem os italianos “tradotore/tradutores”.” (p. 02).

Além disso, as diferenças culturais, sociais e de origem também podem causar erros. Já que, cada um pensa que as suas ideias são as corretas e normativas. Acabando, assim, por julgar as outras pessoas que não estão inseridas nessas normas. Em outro ponto, o autor colocar a questão do multidimensional (citando que, na escola, o conhecimento é compartimentado e fragmentado). Para ele, o conhecimento deve ser contextualizado e passado como um todo, já que um faz parte e complementa o outro. Facilitando, dessa forma, o aprendizado e a compreensão.

“E é essa capacidade que deve ser estimulada e desenvolvida pelo ensino, a de ligar as partes ao todo e o todo às partes.” (p. 04).

Ao mesmo tempo em que o conhecimento deve ser passado no contexto global, também deve considerar o ser humano e toda sua