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935 palavras 4 páginas
No capítulo I, intitulado “os desafios”, Edgar Morin afirma que há uma inadequação cada vez mais ampla, profunda e grave entre os saberes separados, fragmentados, compartimentados entre disciplinas, e por outro lado, realidades ou problemas cada vez mais polidisciplinares, transversais, multidimensionais, transnacionais, globais, planetário (p.13). Assim, o autor considera que o nosso conhecimento é fragmentado em áreas específicas, e, portanto não temos visão do todo. A este processo, denomina-se hiperespecialização, que impede de ver o global – que ela fragmenta em parcelas – bem como o essencial que – que ela dilui. Sabendo-se ainda que os problemas essenciais nunca são parceláveis, e que os problemas globais são cada vez mais essenciais (p.14), é que se faz necessário contextualizar o conhecimento obtido. O ensino por disciplinas separadas dificulta ao aluno a capacidade natural que o espírito tem de aprender “ o que é tecido junto”, isto é o complexo, e assim o impede de contextualizá-lo. Desta forma, o que o autor considera em seu capítulo I, é que o desafio da globalidade é também um desafio da complexidade. Logo segundo ele, a inteligência que só sabe separar fragmenta o complexo do mundo em pedaços separados, fraciona os problemas, unidimensionaliza o multidimencional. Atrofia as possibilidades de compreensão e de reflexão, eliminando as oportunidade de um julgamento corretivo ou de uma visão a longo prazo (p.15).

Foi neste contexto de separação dos saberes, de separação em disciplinas, de “isolacionismo”, de superespecialização que o sistema de ensino escolar se fundamentou. Fomos desde crianças estimulados a separar o conhecimento em disciplinas (em vez de correlacioná-las); a dissociar os problemas, em vez de reunir e integrá-los. Fomos obrigados a reduzir o complexo ao simples (p.15).

Por fim, o verdadeiro problema não é apenas separar o conhecimento em fragmentos, não é apenas adicionar informações, o verdadeiro problema

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