Economia

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A taxa de juros apresenta mais conseqüências para a economia, além do controle da inflação. De acordo com John Keynes, a decisão de investimento produtivo dos empresários capitalistas está ligada à taxa de juros, somado às incertezas sobre o futuro por parte dos empresários (“Animal Spirits”). Em poucas palavras, um aumento da taxa de juros torna o crédito mais caro, inibindo desta maneira não apenas o consumo mais o investimento produtivo, o crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo, da capacidade ociosa na economia (está que é essencial para que a oferta se mantenha sempre à frente da demanda, impedindo o surgimento de surtos inflacionários) e por conseqüência o crescimento da renda do emprego.

Neste cenário o investimento financeiro, compra de títulos é estimulado, pois é um investimento que envolve menos riscos, incertezas, para o capitalista do que o investimento produtivo. Quando os juros se elevam, a taxa de retorno de um título se torna mais próxima ao retorno de um investimento produtivo, isso somado as incertezas do investimento produtivo faz com que ocorra uma queda no nível de investimento produtivo (por exemplo, a ampliação de uma planta fabril), isso ocasiona queda da atividade econômica, do crescimento da renda e emprego. Em contrapartida um taxa de juros baixo estimula o empresariado a realizar o investimento produtivo, que geram renda e emprego.

No caso brasileiro, zero setenta e cinco a mais na taxa de juros impacta diretamente o custo de financiamento da divida pública. Cada 0,75 ponto percentual a mais em uma dívida de R$ 1,2 trilhão, representa um custo anual de R$ 9 bilhões de pagamento de juros anual. Isso levando em conta que mais da metade da divida é formada de títulos pós-fixados, sendo diretamente influenciados pelos juros da Selic, e outro tanto é pré-fixada, mas acaba incorporando o aumento em cada renovação no vencimento dos títulos.

Outro impacto desfavorável é sobre a taxa de câmbio. Isso porque o aumento da

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