Economia

Crimeia fará referendo para aumentar autonomia em relação à Ucrânia
Península ucraniana conta com maioria russa e não concorda com a queda do governo do presidente deposto Viktor Yanukovich
REDAÇÃO ÉPOCA, COM AGÊNCIA EFE
27/02/2014 19h30
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Manifestantes pró-Rússia na Crimeia, Ucrânia, marcham com bandeiras russas e defendem mais autonomia para a região (Foto: Darko Vojinovic/AP)
O parlamento da Crimeia aprovou nesta quinta-feira (27) a realização de um referendo para ampliar a autonomia da região em relação ao governo da Ucrânia. Na mesma sessão, o legislativo aprovou uma resolução de perda de confiança do governo local e decidiu por sua destituição, com votos favoráveis de 55 dos 64 deputados presentes - a casa é composta por 100 parlamentares.
>> Crimeia, a região da Ucrânia que quer se juntar à Rússia
O referendo foi marcado para 25 de maio, a mesma data em que o governo da Ucrânia marcou novas eleições presidenciais. "Você aprova a autodeterminação da Crimeia dentro da Ucrânia sobre a base dos acordos e tratados internacionais?", diz a pergunta que será apresentada a consulta popular.
O referendo não foi bem recebido na capital ucraniana de Kiev. Para o governo interino da Ucrânia, a aprovação do referendo é uma tentativa de forçar a intervenção da Rússia na península. Os russos têm uma base naval na cidade de Sevastapol. O governo ucraniano anunciou que qualquer movimento dessas tropas será interpretado como uma agressão militar.
A Crimeia é uma região ucraniana com laços muito fortes com a Rússia. A península fez parte da Rússia por séculos, e foi transferida ao governo de Kiev em 1954, quando tanto a Rússia quanto a Ucrânia faziam parte da União Soviética. Com a revolta nos últimos meses na Ucrânia, terminando com a queda do então presidente Viktor Yanukovich, as tensão aumentou na Crimeia.
"Estamos convencidos de que só um referendo para a reforma do estatuto de autonomia e da ampliação de suas prerrogativas permitirá aos