economia

31/07/2013 12h23- Atualizado em 31/07/2013 12h39

Dólar em R$ 2,30 está em um 'bom patamar' para a indústria, avalia ABDI
Mauro Borges, presidente da ABDI, se reuniu nesta quarta com
Mantega.
'Alta do dólar melhora muito competitividade da indústria', declarou
Borges.
Alexandro Martello
Do G1, em Brasília

O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Mauro
Borges, avaliou nesta quarta-feira (31), após reunião com o ministro da Fazenda, Guido
Mantega, que o nível de R$ 2,30 para o dólar representa um "bom patamar" para a indústria brasileira.
"Melhora muito a competitividade da indústria. O salário em dólar caiu. O câmbio mudou de patamar, mas não temos bola de cristal para saber onde vai se estabilizar", declarou o presidente da ABDI após o encontro com o ministro da Fazenda. A ABDI é uma entidade ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
(MDIC).
Depois de ter subido pelo terceiro dia seguido e alcançado o maior nível de fechamento desde o dia 1º de abril de 2009 no dia anterior, o dólar comercial manteve a trajetória de alta na abertura dos negócios desta quarta-feira (31) e quase bateu o patamar de R$ 2,30. No entanto, mais tarde, a moeda passou a registrar leve queda.
Por volta das 12h20, operava em R$ 2,29.
O dólar alto aumenta a competividade das vendas externas brasileiras, tornando-as mais baratas, e também encarece as importações. Ao mesmo tempo, porém, também pode impulsionar a inflação, uma vez que torna a compra de produtos importados do exterior, assim como insumos, mais caros, e esses preços mais altos são repassados para o mercado interno.
Medidas contra a alta do dólar
Desde o começo de junho, o governo já adotou uma série de medidas para tentar impedir a escalada do dólar. O Ministério da Fazenda, por exemplo, zerou o Imposto
Sobre Operações Financeiras (IOF) cobrado sobre aplicações de estrangeiros em renda fixa. Até o início de junho, a alíquota era de 6%.