economia marítima

O Negócio Marítimo durante o século 20: continuidade e mudanças

1.0 – Evolução

O comércio marítimo é um mercado específico que somente pode ser compreendido no âmbito internacional. A análise macro e micro do negócio marítimo no século 19 e 20 deverá será estudada enfocando o desenvolvimento do mundo marítimo, analisando, primeiramente, as principais frotas, rotas, transportadores (linhas), navios e as tecnologias que inovaram o segmento. Num segundo estágio serão analisadas as mudanças na estrutura do mercado, com ênfase nos serviços “liner” e o “tramp”. No terceiro estágio, entrar-se-á na análise do que se pode chamar de “caixa preta”, para ver a parte interna da estrutura do armador e as mudanças ocorridas nas frotas: Britânica, Noruegesa, Grega e japonesa. Os negócios marítimos têm sido sempre um negócio internacionalizado e, nos últimos 5 séculos, o capitalismo desenvolveu-se e a expansão colonial Européia somente foi possível graças ao mar e aos navios.
A industrialização do oeste e seu domínio no resto do mundo foram os dois principais desenvolvimentos no século 19 que determinaram a rota da economia mundial, havendo, nesse período, um verdadeiro “boom” no serviço marítimo internacional. Nesse período, a Europa exportou produtos industrializados para outros países e importou matéria-prima do resto do mundo; conseqüentemente, o transporte marítimo aumentou, sendo predominante as mercadorias à granel e, no final do século 19, grãos, algodão e carvão foram as principais cargas à granel transportadas. Ao mesmo tempo, processou-se a mudança dos navios à vela para os de vapor, havendo uma oferta de espaço no mercado e, conseqüentemente, um declínio nos fretes.
Apesar de tudo, a Europa manteve-se à frente do comércio marítimo internacional até a Primeira Grande Guerra Mundial, representando 75% de tudo que era exportado e 65% do que era importado em todo o mundo..
Os países europeus possuíam a maior parte das frotas do mundo em razão de inovações