Econometria

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS
TRABALHO DE ECONOMETRIA I

O tabagismo no Brasil: uma análise da relevância do consumo de cigarros e sua importância na renda do consumidor

Marcelo Koichi Misumi

SEROPÉDICA
DEZEMBRO DE 2012
O tabagismo no Brasil: uma análise da relevância do consumo de cigarros e sua importância na renda do consumidor

Resumo: Neste trabalho determinou-se a estimação do modelo de regressão linear múltipla da demanda de cigarros e sua significância sobre a renda do consumidor. Para estimação do modelo, foram selecionadas algumas variáveis como a taxa de inflação e o preço do cigarro no decorrer dos anos. Foram feitos os testes necessários referentes ao modelo de regressão múltipla e analisaram-se os resultados obtidos a partir do software Eviews 7.0.

Palavras-Chave: Oferta e demanda, Modelos econométricos, Estatística Aplicada.

1. INTRODUÇÃO

Há 20 anos, 35% da população brasileira eram fumantes. Hoje, esse grupo representa 15,2%, segundo o Ministério da Saúde. Nesse mesmo período, passou de 97% para 98% o total de famílias que comem arroz e feijão mais de cinco vezes por semana. Diante desses números, seria natural imaginar que os alimentos pesassem mais na inflação do que o cigarro.
Mas é o contrário. Nos cálculos do IBGE, o fumo tem participação de 0,86% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), composto por 386 itens. Juntos, arroz (0,62%) e feijão (0,21%) respondem por 0,83%. Isso significa que o preço do tabaco, quando sobe ou desce, tem influência direta na renda do consumidor, mesmo quem não seja fumante. Quando as tarifas públicas e os contratos de aluguel são reajustados - ambos pelo IGPM, que é formado também pelo IPCA – portanto, o cigarro pode ser considerado importante no cálculo desses índices.
Este ano, essa realidade ficou mais