Ecletismo

4. ECLETISMO
O conceito básico de ecletismo supõe aquilo que é composto por elementos escolhidos em sistemas distintos. Do grego eklektikós, refere-se àquele que escolhe, à atitude de escolha, e caracteriza a seleção entre as diversas opções das quais se têm conhecimento, sem uma linha rígida de pensamento.
...O Ecletismo era a cultura arquitetônica própria de uma classe burguesa que dava primazia ao conforto, amava o progresso (especialmente quando melhorava suas condições de vida), amava as novidades, mas rebaixava a produção artística e arquitetônica ao nível da moda e do gosto. (PATETTA in FABRIS (org), 1987, p.13)
O conceito de Ecletismo estava associado a um pensamento de escolha, de reunião, de adição. Os ecléticos não aceitavam a legitimidade de um único sistema filosófico ou arquitetônico, cada um deveria escolher quais formulações do passado seriam adequadas para serem adotadas e valorizadas em qualquer contexto. A busca através de todos os sistemas que foram propostos na história para dizer a verdade do mundo e dos elementos úteis para o presente era o programa do Ecletismo.
O Ecletismo é uma atitude do espírito. A existência dessa atitude está relacionada a uma busca da verdade e da beleza sem se submeter a nenhuma doutrina imposta pela tradição, moda ou autoridade.
Ecletismo é também o método que consiste em reunir esses elementos escolhidos dentre todos os sistemas que foram propostos na história em uma unidade nova e criativa.

4.1. Diferença entre Ecletismo e Historicismo Em arquitetura, Ecletismo designa a atitude dos arquitetos do século XIX que utilizaram elementos escolhidos na história, com a intenção de produzir uma nova arquitetura. Eles aceitaram todas as doutrinas e teorias, porque desejavam situar a arquitetura no seu tempo. Assim, o Ecletismo não foi uma forma, entre outras, de historicismo. Enquanto o historicismo buscou reviver um passado e construiu representações da história, inscrevendo a arquitetura moderna em um estilo antigo, o