Ecletismo brasileiro

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Nem todas as ideias nascidas em épocas do passado devem ser descartadas, pois, muitas vezes, surgiram em mentes que brilharam numa visão além de seu tempo. E isto me parece, válido quando falamos da filosofia de Antônio Pedro de Figueiredo, um mulato de pais pobres e desconhecidos, que nasceu em 22 de maio de 1822, na vila de Igarassu, em Pernambuco. Em sua curta vida, de 37 anos, onde morreu em 21 de agosto de 1859, deixou um conjunto de ensinamentos, que merecem ser estudados e trabalhados mesmo em nosso tempo atual. Em sua vida foi professor e jornalista. Lecionou, escreveu, traduziu livros do francês e do inglês, e se envolveu ativamente na vida intelectual, social e política de seu tempo. A sua filosofia é precursora da clássica Escola do Recife, que foi, por assim dizer, a primeira dinâmica filosófica que se praticou a partir de uma instituição acadêmica no Brasil. Figueiredo não tinha “boa” origem. Era mulato, pobre, de pais desconhecidos, nascido na periferia da capital da província de Pernambuco, na aldeia de Igarassu. Embora demonstrasse uma mente lúcida e brilhante, foi vítima de preconceitos racistas, que se refletem no apelido de “Cousin Fusco”, devido seus estudos e traduções em cima da obra de Victor Cousin. Durante muito tempo Figueiredo foi quase esquecido, talvez porque tenha sido ofuscado pelo ambiente acadêmico da Faculdade de Direito do Recife, que, posteriormente, formou uma grande quantidade de pensadores, que se abrigou sob a denominação de filósofos da “Escola do Recife”. E Figueiredo ainda não se encontra nesta “Escola do Recife”. Talvez possa ser considerado um precursor destes intelectuais.
Em sua Filosofia, vários pensadores tentaram caracteriza a sua filosofia a partir de diversos sistemas. Mas o que, de fato, ele foi? Eclético, socialista, liberal? Conservador, reformista ou revolucionário? Abolicionista, iluminista? Talvez todos estes conceitos se lhe possam aplicar. O importante não é que ele seja fragmentado nisto ou naquilo,

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