Dêsanimo aprendido

O Desânimo Aprendido é uma condição devastadora. Muitas vezes é mal diagnosticado, mas não deixa de ser digno de uma discussão significativa. Observamos os seus sintomas em comen­tários de alunos, como: "Eu sou estúpido (ou azarado), para quê esforçar-me?" Tais alunos demonstram uma apatia quase completa e uma passividade persistente. O Desânimo Aprendido é relativamente raro na maior parte das turmas, mas quando se verifica é bastante desencorajador. Para se verificar um estado de Desânimo aprendido normalmente verificaram-se anteriormente as seguintes condições:
. Trauma. O aluno esteve numa situação que envolvia um acontecimento importante e incontrolável. Apesar de os acontecimentos mais vulgares na sua origem serem ameaças ou traumas severos, o Desânimo Aprendido sur­girá mesmo que o acontecimento incontrolável seja positivo ou neutro (Peterson, Maier e Seligman, 1993). O acontecimento pode ser verbal, físico ou psicológico. Não se enquadraria nesta categoria o caso de um professor que educadamente mandasse o aluno calar-se, dizendo-lhe que se não o fizesse teriam uma conversa privada depois da aula. O que frequentemente se enquadra nesta categoria é um "rufião" que se encontra nos corredores, uma vida familiar abusiva ou um professor insensível que envergonha ou humilha um aluno à frente dos outros. Em determinadas condições, o trauma pode ocorrer em segunda mão; por exemplo, quando há um tiroteio na escola, as equipas de aconselhamento necessitam muitas vezes de ajudar os alunos que testemunharam o trauma.
. Falta de controlo. O aluno terá passado pela experiência de não ter controlo sobre a ameaça traumática, não possuindo nenhuma competência para a dominar. Como exemplo temos o aluno que é rebaixado duramente na aula e que se sente paralisado pela vergonha. Este caso é diferente do de um pai abusivo, situação em que o aluno desenvolve competências para lidar com o problema e resiste ou foge, uma vez que se apercebe do perigo e toma opções