dst em mulheres homossexuais

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1. INTRODUÇÃO

Segundo Nadal e Cols (2003), as doenças sexualmente transmissíveis (DST) são conhecidas desde a mais remota antiguidade, fazendo parte não só do cotidiano de profissionais responsáveis pela manutenção da saúde, mas de diversas pessoas desde então. Até o século XVI eram chamadas de doenças dos indecentes, discriminando assim os portadores, pois imaginava-se que os afetados por essas doenças eram somente pessoas estereotipadas, como por exemplo, prostitutas, homossexuais e viciados em drogas, quando surgiu o termo doenças venéreas, em homenagem a Vênus, deusa do templo do amor, pois se imaginava que a transmissão poderia ser sexual, embora não se conhecessem os agentes. Mas somente no século XIX os micro-organismos relacionados à transmissão começaram a ser identificados.
A mudança de denominação de “Doença Venérea” para “Doenças Sexualmente Transmissíveis” foi norteada, basicamente, por dois motivos. Além da possibilidade de inclusão de outras infecções facultativamente transmissíveis por relacionamento sexual (monilíase, por exemplo), buscou-se também com essa mudança tirar um pouco do peso da culpa historicamente associada ao antigo nome. Esse último objetivo, como vimos, não foi totalmente alcançado, sendo ainda hoje as DST associadas, culposamente, à falta de higiene, a imoralidade e ao pecado.
Embora hoje a sexualidade seja vista com mais naturalidade e a conotação pejorativa das DST já não seja tão marcante, ainda é difícil falar claramente sobre essas infecções, sem constrangimento para os profissionais da área de saúde, para os pacientes e para os (as) parceiros (as). Não podemos perder de vista o fato de ser a “educação sexual” vigente ainda repressora em grande parte das famílias atuais, frequentemente se associando conotação de “pecado” ou “sujeira” à sexualidade. Isso explica porque a maioria dos portadores de DST ainda se sentem “sujos” e “impuros”, mesmo frente a doenças de baixo risco de complicações
Segundo Rosa (2002), no

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