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TAYLORISMO E FORDISMO NO
TRABALHO BANCÁRIO:
AGENTES E CENÁRIOS Roberto Grün

Este texto refere-se a uma pesquisa de campo realizada durante três anos num banco multinacional, que tem seu centro de operações sediado em São Paulo. Numa primeira versão, a pesquisa gerou uma dissertação de mestrado
(Grün, 1985), apresentada à PUC-SP no Programa de Ciências Sociais (orientada por Maria Andréia Loyola). Naquela análise, as questões de organização do trabalho estavam subsumidas na problemática geral da translação das classes médias para as grandes corporações. No texto que apresento agora, a questão da organização ocupa o centro da exposição. A especificidade do banco multinacional
A organização estudada implantou-se no Brasil no pós-guerra, a partir da aquisição de uma casa bancária paulistana. Rapidamente transladou uma equipe dirigente originária da matriz e de outros países. Sendo a atividade bancária não produtiva (no sentido da economia política), a caracterização do status multinacional na atividade bancária pode ser assinalado a partir da constatação de que o banco estudado realiza uma efetiva divisão do trabalho ente e seus vários departamentos localizados nos diversos pontos do globo, na sua função de intermediação financeira
(participo do conceito de multinacional de Clandler/Hymer). O volume proporcional de recursos externos postos à disposição de seus clientes, bem como a forma com que eles foram obtidos dão veracidade à constatação. Passando para um nível mais sensível de evidência fenomênica, o caráter multinacional do banco aparece em sua inserção no mercado financeiro nacional, onde ele atua como "banco de atacado", extraindo lucros fundamentalmente de grandes operações realizadas com clientes do segmento oligopolista e multinacional da economia. Este posicionamento lhe garante sobrelucros nas atividades financeiras, que viabilizam a possibilidade de distribuição de uma sobremassa salarial. Decorrem daí as

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