Drogas na adolescência

UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

MARIA EDVÂNIA QUEIROZ DE LIMA
MARIA QUEIROZ DE FRETAS
MARIVONE CARNEIRO CAMPOS

DROGAS NA ADOLESCÊNCIA

Manaus
2013
CAPITULO I

1 O PAPEL DOS PAIS NA EDUCAÇÃO DOS ADOLESCENTES

1.1 CONTEXTO HISTÓRICO

Conforme Dias e Vicente (2004) a adolescência vem sendo abordada desde que a história da humanidade passou a ser registrada. Todavia, foi Rousseau, no século XVIII, que, pela primeira vez, faz a distinção clara entre infância, adolescência e idade adulta. Rousseau considera a adolescência um segundo nascimento, tendo sobre esta, bem como sobre a infância, um conceito idealista que partiria de uma capacidade inata para o bem.

Ariès (2006) afirma que como realidade histórica, a adolescência emergiu com a Revolução Industrial, em meados do século XIX, decorrente das profundas transformações no seio da sociedade e da família. O adolescente passa a permanecer cada vez mais tempo com a família, por necessidade de preparação intelectual e técnica, exigida pela industrialização acelerada. O aumento da escolaridade é o fator mais importante na determinação da adolescência como período de desenvolvimento.

Dias e Vicente (2004) acrescentam que somente no século XX os estudos de Hall (1911) surge o primeiro trabalho sistematizado sobre essa etapa evolutiva. Essa obra constitui uma transição entre a abordagem filosófica, especulativa e o tratamento científico, empírico. A partir da teoria evolucionista de Darwin e da teoria psicológica de recapitulação, estabelece uma teoria biogenética, segundo a qual a história experiencial da espécie humana tornou-se parte da estrutura genética de cada indivíduo e que caberia aos adolescentes um papel fundamental na formação de uma nova sociedade.

Conforme os autores supracitados, a partir de então, inúmeras teorias surgem, em diferentes perspectivas - sociológicas, antropológicas, psicológicas, biológicas e