Doutrinas sociais do século XIX
Para justificar o mundo capitalista que se estruturava, temos o LIBERALISMO ECONÔMICO:
- Defesa da propriedade privada, da exploração do proletariado, do individualismo econômico da liberdade de comércio e de produção.
- Respeito às leis naturais da economia, liberdade de contrato de salários e jornadas trabalhistas, sem controle do Estado ou pressão dos sindicatos. Os maiores representantes dessas premissas são:
• Adam Smith (1723-90), autor de “A riqueza das nações”, onde defende a divisão do trabalho e a livre concorrência, como ingredientes essenciais para aumentar a produção, buscando sempre a redução de custos, com vistas ao aumento do maior consumo pelo menor preço.
Para ele, a função do Estado seria zelar pelos direitos à propriedade e manter a ordem social.
• Thomas Malthus (1766-1834), na obra “Ensaio sobre a população”, apresentou uma visão pessimista ao afirmar que a população crescia em progressão geométrica enquanto a produção de alimentos crescia em ordem aritmética. Nessa ordem, caberia ao Estado impedir o crescimento da população mais pobre, limitando-se a assistência e os cuidados dedicados aos mais carentes. Suas ideias influenciaram bastante o Parlamento inglês, que votou em 1834, a Lei dos Pobres, cuja ideia consistia em recolher emworkhouses (casas de trabalho), os desempregados e desabrigados. Nasworkhouses, os trabalhadores, divididos em alas por sexo, ficariam confinados e dali só sairiam para trabalhar em alguma fábrica, constituindo assim uma mão-de-obra barata ou quase escrava, que longe das ruas, não correria o risco de se proliferar.
• David Ricardo (1772-1823), autor de “Princípios da economia política e tributação”, onde defendeu a Lei Férrea dos salários, ou seja, o trabalhador deve receber como salário apenas o mínimo