dom carmurro

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Em Dom Casmurro, as personagens são apresentadas a partir das descrições de seus dotes físicos. Temos, portanto, a descrição, funcional, bastante comum no Realismo.
Contextualização da época machadiana
O plano econômico: em meados do Séc. XIX, as nações enpinalistas européias sobretudo Inglaterra e França, detinham o controle militar, administrativo, comercial e financeiro no mundo e seu principal objetivo era criar consumidores para seus produtos. O Brasil, na 2ª metade do Séc. XIX, consolidava o Império, alicerçando na escravidão, e teve uma relativa modernização.O Rio de Janeiro, a capital do Império, sede da oligarquia cafeeira do Vale do Paraíba sustentado na mão-de-obra escrava, é o cenário principal dos romances de Machado de Assis.O plano abolicionista: abolicionista e republicana, a Guerra do Paraguai, o ocaso do império, o fim da escravidão (1888) e do império (1889), são os principais fatos políticos em que conviveu Machado de Assis e que repecurtem na sua produção literária e visão de mundo.O plano ideológico: ao final do Séc. XIX predomina, no Brasil, um torto e mal disfarçado racismo e a conceituação do trabalho manual como algo indigno. A visão do mundo é predominante do modelo europeu colonizado.
Uso de Analepses ou Anáforas: Percebe-se claramente a fábula, conjunto de acontecimentos ligados entre si e narrados no decorrer da obra, e a trama, constituída pelos mesmos acontecimentos da fábula, mas caracterizada mais por um procedimento estético, em que o artista revolve com os fatos, não precisando se preocupar em seguir a ordem cronológica da fábula. Em Dom Casmurro, a narrativa encontra-se "in ultimas res", com a presença de analepses, quando o artista volta no tempo, no passado. A fábula é a história em si, a que o narrador quer nos contar, e a trama é o modo como ele nos narra a fábula; a ordem dos fatos na trama é diferente da ordem dos fatos na fábula.

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