Dogville

Primeiridade
O filme Dogville, que não conta história de cachorros como muitos pensam ao ler o nome, possui uma grande influência teatral. Não há mudanças de locação ou geográficas, tudo gira em torno de um mesmo cenário com aparência rústica, pequena que se refere à uma cidade pequena e antiga de forma estática, as filmagens são notoriamente feitas a partir de uma câmera na mão, sem o uso de tripés usados em filmes bastante produzidos. Em pleno século 21 o impacto causado no interprete é de espanto, estranheza por se tratar de algo tão fora do comum nos filmes da atualidade, algo tão diferente em que é chamada a sua atenção logo no começo do filme. O impacto causado inicialmente pela ausência de cenário físico e de trilha sonora pode fazer com que o interprete faça um pré-julgamento sobre o restante do filme, trazendo a impressão de que pode ser um filme cansativo de assistir.
Os sentidos dos espectadores são estimulados pelas cores quentes e repetitivas, os móveis e os sons que remetem às ações dos personagens (abertura de porta). De primeiro momento é difícil entender como um não sabe o que está acontecendo na casa do outro se o cenário é todo aberto, porém logo em seguida há a conformação de que nós podemos ver o que se passa através das paredes enquanto os personagens não. Secundidade
A partir do capítulo 2 , com o decorrer da história, já é possível se acostumar e a se recompor do impacto causado anteriormente e se acostumar com esse novo formato do filme. Já é possível entrar na história e prestar atenção nos personagens e no enredo, o que antes era impossível. Aos poucos aquele cenário vazio vai sumindo e vai sendo substituído pela imaginação. Enquanto um personagem abre uma porta invisível, e ouvimos o rangido da mesma, não vemos o vazio, mas imaginamos a porta abrindo, imaginamos as paredes dividindo as casas. Já é possível recriar uma Dogville mais realista na mente.

Terceiridade
Dogville e sua produção, sendo dita que possui influência