Dogmas obsidade

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Alta ingestão de carboidratos por recém-nascidos tem efeitos ao longo da vida, aponta estudo

Em lactentes recém-nascidos, alimentação rica em carboidratos, programaria o organismo para ganho de peso ao longo da vida e aumento da obesidade, de acordo com um estudo prévio feito em ratos. O consumo de carboidratos nessa fase teria efeitos sobre a programação metabólica iniciadas no período de amamentação, contribuindo para predisposição à obesidade na idade adulta, de forma que não poderia ser revertida por restrição calórica.

O estudo foi publicado pelo American Journal of Physiology: Endocrinology and Metabolism. "Esta é a primeira vez que um estudo revela que existe uma resistência à reversão do efeito de programação para a obesidade na vida adulta”, afirma um dos autores do estudo, Mulchand S. Patel, PhD, SUNY Distinguished, professor de bioquímica e diretor associado de pesquisa e educação biomédica. Mesmo quando a ingestão calórica é restrita por um período de tempo, na idade adulta, esta programação metabólica não foi revertida.

Esta pesquisa tem grande importância para o debate sobre a epidemia de obesidade nos Estados Unidos e no mundo, especialmente no que se refere à nutrição infantil. "Nossa hipótese foi que a introdução de alimentos para bebês muito cedo na vida, aumenta a ingestão de carboidratos, aumentando assim a secreção de insulina e causando programação metabólica que, por sua vez, predispõe a criança à obesidade mais tarde na vida", explica o autor.

No estudo, os filhotes de ratos recém-nascidos foram alimentados com fórmulas especiais de leite, semelhantes ao leite de rato, enriquecidas com calorias de derivados de hidratos de carbono. Os filhotes que consumiram o alto teor de carboidratos (HC) mostraram-se metabolicamente programados a desenvolver obesidade e diabetes tipo 2 na vida adulta.

A alteração da experiência nutricional durante o período imediatamente após o nascimento foi capaz de modificar a

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