Doença falciforme

3 AUTOCUIDADO
Autocuidado significa cuidar de si mesmo, buscar quais são as necessidades do corpo e da mente, melhorar o estilo de vida, evitar hábitos nocivos, desenvolver uma alimentação saudável, conhecer e controlar os fatores de risco que levam às doenças, adotar medidas de prevenção de doenças. Todas essas ações são implementadas visando à qualidade de vida. (BRASIL, 2008).
Segundo CORREA (2003), o autocuidado refere-se às práticas cotidianas e as decisões sobre elas, realizadas por uma pessoa, família ou grupo para cuidar de sua saúde. Estas práticas são como “habilidades” adquiridas ao longo da vida, de uso contínuo, utilizadas por livre escolha, com o propósito de fortalecer ou restabelecer a saúde e prevenir doenças, respondendo portanto a capacidade de sobrevivência e as práticas habituais de cultura a que se pertence.
No campo da enfermagem o autocuidado foi mencionado pela primeira vez em 1958, quando a enfermeira norte-americana Dorothea Elizabeth Orem passou a refletir sobre por que os indivíduos necessitam da enfermagem para ser ajudados pela mesma. A partir desta reflexão, formulou a teoria de enfermagem do déficit do autocuidado (teoria geral de enfermagem de Orem) composta de três teorias inter-relacionadas: a teoria do autocuidado, onde é descrito e explicado o autocuidado; a teoria do déficit do autocuidado, que explica as razões pelas quais a enfermagem pode ajudar as pessoas; e a teoria dos sistemas de enfermagem, descrevendo as relações que são necessárias estabelecer e manter para que se dê a enfermagem. (SILVA et al, 2009).
Na teoria do autocuidado são incorporados os requisitos de autocuidado. São eles: manutenção e ingestão suficiente de ar, água e alimentos; provisão de cuidados com eliminação e excreção; manutenção de um equilíbrio entre atividade e descanso, entre solidão e interação social; a prevenção de riscos à vida, ao funcionamento e ao bem-estar humano; a promoção do funcionamento e desenvolvimento humano, em grupos