Doença holandesa no brasil

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O debate econômico acerca da possibilidade da economia brasileira sofrer com a doença holandesa se iniciou após o regime de câmbio fixo ter-se alterado em 1999 para cambio flutuante, devido às diversas crises econômicas nos países emergentes, como a crise de 1997 nos Tigres Asiáticos e em 98 na Rússia.

O sintoma dessa doença foi descrito primeiramente por um artigo publicado por The Economist (1977) e teorizado por Cord e Neary (1982), onde compreendem a apreciação cambial como resultado de aumento dos preços de recursos naturais que leva à desindustrialização devido a perda da competitividade da indústria manufatureira. The Economist (1977) apresentou esses fatos observando a indústria holandesa nos anos 70 e os associou à descoberta das grandes reservas de gás natural no Mar do Norte nos anos 50.

No Brasil, o debate sobre o potencial problema foi conduzido principalmente pelas análises conjunturais com abordagem formal como em Schwartsman (2008, 2009) e por trabalhos acadêmicos como em Bresser-Pereira (2008) e Nassif (2008).

Este trabalho analisará a hipótese do Brasil ter apresentado sintomas da doença holandesa no período de 1999, após a mudança do regime cambial, a 2008.

Modelos teóricos de doença holandesa

O termo “doença holandesa” foi primeiramente utilizado em um artigo publicado na revista The Economist (1977) o qual analisava o efeito das descobertas de gás no Mar do Norte na economia holandesa: estagnação na produção industrial; diminuição dos investimentos privados; aumento do desemprego; apreciação da moeda e déficit crescente em transações correntes.

Em razão desse artigo, a literatura econômica normalmente se refere à doença holandesa como o fenômeno de perda de competitividade da indústria doméstica e, levando ao extremo, desindustrialização, causada pela redução da importância econômica de alguns setores em decorrência da apreciação cambial advinda do boom dos recursos naturais.

Cord e Neary (1982) tentam modelar o impacto de

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