Documentário ônibus 147
O Sandro está inserido nesses bilhões de humanos supérfluos para o sistema, Sandro pertencia à massa caracterizadas pelos estigmas e a indiferenças sociais ‘‘ jovem, negro e analfabeto’’ a que os nosso olhos estão acostumados a ignorar. Ele teve sua vida marcada por tragédias que teve inicio na infância, ao presenciar o assassinato da mãe. Foi um dos sobreviventes da ‘’ chacina da candelária’’. Os fragmentos de sua história pessoal apontam para um caminho em que a invisibilidade social se fazia cada vez mais presente.
De uma tentativa de roubo errada e da dimensão que este ato tomou, Sandro ganhou uma visibilidade social, nunca antes conquistada, proporcionada pela mídia, permitindo que ele senti- se poderoso, também serviu como espaço para mostrar que ele tinha poder, que ele existia e que era ‘’gente como a gente’’
A falta de políticas publica capazes de atingir esse grande contingente de excluídos impede uma abertura no sistema, um espaço para discutir sobre as desigualdades sociais, as ideologias, a discriminação. A este contingente destituído de capital social- educação, emprego, ou seja, a riqueza adquirida através das relações sociais e do sentimento de pertencimento ao contexto em que estão inseridos, não resta senão procurar meios para se fazerem vistos, ainda