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Em uma Londres no século XVI, o jovem escritor William Shakespeare (Joseph Fiennes) sofre um bloqueio criativo, não consegue escrever mais nenhum sucesso. Eis que o destino coloca em sua vida a jovem e bela Viola De Lesseps (Gwyneth Paltrow) que tem o sonho de ser uma grande atriz, o que é considerado ultraje para a época. Essa paixão faz com que o jovem Will volte a escrever, e a jovem Viola para conseguir seguir seu sonho, e atuar, se disfarça de homem e entra para a companhia de teatro das peças de Will. Porém com o tempo, e a paixão dos protagonistas crescendo a cada encontro furtivo, o disfarce de Viola vai sendo também desfeito. Mas como em toda história de época, um casamento arranjado de Viola com o Lorde Wessex (Colin Firth) acaba interferindo no caminho do casal.

Um filme que embora seja ambientado no tempo clássico da história, pode ser considerado uma comédia romântica dos anos 90. Desde o bloqueio de Will, que não consegue dar vasão à sua nova peça “Romeo and Ethel, the Pirate’s Daughter”, por sentir falta de uma musa, até os encontros dos protagonistas, seus recados truncados, a confusão de Will ao achar que está se apaixonando por um homem (sem saber que é sua amada Viola), sempre o humor percorre a história.

Um elenco cheio de estrelas, que além de Joseph Fiennes, Gwyneth Paltrow e Colin Firth, ainda conta com Geoffrey Rush, Judi Dench, além de um Ben Afleck ainda inexpressivo, em um papel secundário, muito antes de “Argo”. A direção de John Madden é acertada em diversos momentos, e consegue trazer uma suavidade para questões bem densas da época.

No entanto, mesmo tendo sido vencedor em 7 categorias do Oscar – Melhor Filme, Melhor Atriz – Gwyneth Paltrow, Melhor Atriz Coadjuvante – Judi Dench, Melhor Figurino, Melhor Direção de Arte, Melhor Canção Original, Melhor Roteiro Original – o filme esbarra em atuações por vezes superestimadas, e que às vezes caem na estereotipia, porém o tom certo de humor utilizado