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Hans Kelsen ‘’Se A é, B deve ser’’ formula um juízo lógico explicativo sobre a norma jurídica, o juízo hipotético condicional, diferenciando a norma da proposição jurídica. A primeira parte do juízo lógico (“Se A é’’) recebe a denominação de condição, hipótese legal, hipótese de incidência, suporte fático ou preceito. A segunda parte (‘’B de ver’’) é chamada de conseqüência jurídica. A hipótese legal consiste num fato de conduta, comissivo ou omissivo, livre, obrigado ou proibido, que tem como conseqüência sua validação ou uma sanção. O juízo hipotético não conteria nenhum valor moral ou ético. Estes estariam presentes na produção da norma jurídica pelo órgão político, mas inexistentes na proposição jurídica, que despe-se de qualquer valor axiológico a fim de tornar-se objeto idôneo para a construção de uma verdadeira ciência jurídica. Kelsen pretendeu aproximar o Direito das Ciências exatas e naturais, aproximando-o da objetividade pela eliminação de toda e qualquer reflexão a respeito da legitimidade, ética ou justiça.
Norberto Bobbio em Teoria do Ordenamento Jurídico, para caracterizar o Direito através de algum elemento de norma jurídica no conjunto das tentativas realizadas. Considerou, sobretudo quatro critérios: 1. Critério formal; 2. Critério material; 3. Critério do sujeito que põe a norma; 4. Critério do sujeito ao qual a norma se destina. As normas jurídicas nunca existem isoladamente, mas sempre em um contexto de normas com relações particulares entre si e a este contexto de normas é o ordenamento. Trata-se de obra inovadora, sendo considerado o mais completo tratado sobre as inúmeras relações e conseqüências que uma sistematização das leis pode desencadear. Para Bobbio, por mais numerosas que sejam as fontes do direito num ordenamento complexo, tal ordenamento constitui uma unidade pelo fato de que, direta ou indiretamente, com voltas mais ou menos tortuosas, todas as fontes do direito podem ser remontadas a uma única norma.
A definição do Direito,