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Gabriel Grub: Heron
Duende principal: Iuriy

Cena I

(Gabriel andando pela cidade {Deprimido })—--Pouco antes da meia-noite, certa véspera de Natal. Gabriel colocou a pá ao ombro, acendeu a lanterna e encaminhou-se para o velho cemitério, pois tinha de preparar uma cova para o dia seguinte.
Enquanto se dirigia ao cemitério Gabriel viu na cidade os preparativos para as festas do outro dia, e também viu quando bandos de crianças pulavam pelas janelas, e aos saltos iam se encontra do outro lado da rua. E Gabriel pensando no mal das crianças apertou o cabo da pá com mais força.
Chegando ao cemitério tirou o casaco e dirigiu-se a cova inacabada e lá trabalhou por mais ou menos uma hora.
Enquanto juntava sua ele murmurava:
--Bom quarto para a última dormida: Sete palmos de terra, finda a vida; Pedra aos pés e também à cabeceira, Petisco para os vermes da valeira; Relva em cima, de argila emparedado, Belo quarto em terreno consagrado!
(Gabriel {rindo alto})—Ho!ho!Ho!
Foi quando uma voz atrás dele repetiu sua risada...
(Assustado e olhando para trás viu que não havia ninguém então disse)—Foi o eco!
(E a voz disse)—Não foi Não!
Olhando para o lado viu uma figura assustadora sob uma cova de duzentos ou trezentos anos
(e a voz disse novamente {com tom assustador})—O que faz aqui na véspera de natal?
(Gabriel respondeu {balbuciando})—Estou cavando uma cova!
(o duende {com uma voz ainda mais aterrorizadora})Oh!, A cova, hein? Quem é que se compraz em abrir covas numa ocasião em que todos os outros homens se divertem?
(Outras vozes misteriosas)— Gabriel Gurb! Gabriel Gurb!
(duende)— Receio que meus amigos te desejem. Gabriel.
(Gabriel {ainda mais apavorado})—Não deixe que me levem, por favor!
Foi então que vários duendes começaram a aparecer saltitando pelas tumbas ate que um pegou Gabriel pelo colarinho e sumiu com ele para debaixo da terra.

Cena II