Doando uma velharia, haha

SODRÉ, Nelson Werneck, Introdução à Geografia, Petrópolis/RJ: Vozes, 1982 (3ª edição - p.7 até 36).

A finalidade da obra Introdução à Geografia, de Nelson Werneck Sodré, apresenta-se a princípio como informativa, uma vez que demonstra a Geografia ligada a uma série de informações que evidenciam seu avanço. Porém, existe também um hábil apontamento crítico — principalmente no sentido político — ao longo de toda a obra, e talvez seja este o ponto mais relevante. Preocupando-se em apresentar divisões históricas ao conhecimento ou material geográfico desde a idade primitiva da informação humana sobre o cenário terreste — sabendo da, então já existente, dispersão humana por todo o planeta — o autor recorre inicialmente ao estudo da pré-história, onde aponta a existência de um conhecimento empírico sobre os fenômenos e formas do planeta que, graças a essas observações, não foram obstáculo inultrapassável à permanência humana. Entretanto, algum registro geográfico só viria a ser documentado sistematicamente pelos gregos, que batizaram os conhecimentos sobre a superfície da Terra como Geografia. O conhecido Heródoto foi o primeiro a registrar em sua obra informações geográficas em suas descrições históricas. Heródoto também foi o primeiro determinista. O determinismo é parte importante desse contexto porque não se fundamentou de influências puramente teóricas, tendo vista que servia para justificar uma suprema autoridade helênica. Já Erastóstenes, foi o primeiro a desenhar um mapa do mundo conhecido com dois eixos perpendiculares, definindo assim as coordenadas. Durante o domínio romano surgem avanços como a projeção estereográfica por Hiparco, mas a Geografia era ainda secundária e não tinha um estudo próprio, todo o avanço nela conhecido até então era dado somente pelo enriquecimento de outras áreas do conhecimento. Muitíssimo depois, com os descobrimentos por Vasco Da Gama, Colombo e Cabral, Copérnico formula o heliocentrismo. A partir do século XVII,