Do ópio a pólvora

A antiga missão de São Pedro do Porto da Folha e a recente questão dos Xocó de Sergipe
A origem da missão de São Pedro remota ao século XVII
Pedro Gomes, instituidor do morgado de Porto da Folha, se serve (expressão que Beatriz usa) dos índios Aramurus (Orumarus) para expulsar os holandeses que invadiam a região do baixo São Francisco (ver mais sobre essa invasão e sobre os índios Aramurus).
Como recompensa teria dado terra e um missionário. Mas isso estava atrelado as leis de concessão de Sesmarias (???) Como é possível observar em uma das cláusulas do acordo da Companhia das Índias Ocidentais acerca das populações indígenas:
“Para assistência de seus colonos e lugares (de residência) farão todos as diligências por utilizar-se dos indígenas dessas terras, remunerando devidamente o seu trabalho e esforça-se-ão por tirar-lhes os seus costumes bárbaros e leva-los ao conhecimento da nossa fé cristã, aplicando para este fim particularmente o meio de ensinar aos moços e meninos a nossa língua, e os princípios elementares da nossa religião, habituando-os, desde a infância, ao trabalho da terra e cousas semelhantes”. (Freire, 1977)
A missão teria sido fundada por capuchinos franceses. Frei Anastácio de Aurdiene teria sido o primeiro missionário? Ele permaneceu por 6 anos catequisando os índios.
O aldeamento de Pacatuba surge mais ou menos na mesma época e tem um sub-aldeamento de índios Ciocó (Xocó)
As tentativas de tornar sem efeito as doações de terras aos índios aparece em 1745, através de Antônio Gomes Ferrão Castelbranco (neto de Pedro Gomes). Ele alega posse da terra por sua família e pede que os índios sejam expulsos e incorporados a aldeia de Pacatuba. E que fossem dadas a devidas providências para não ser inquietado pelos índios e tampouco pelo missionário Frei Isidoro Vignale, religioso italiano barbadinho.
A aldeia no século XIX: cerca de 231 índios que se dedicavam a pequena lavoura de mandioca.
Boa parte das terras Xocó estavam arrendadas, restando