Do Cristianismo ao Cientificismo

Do Cristianismo ao Cientificismo.
O aparecimento da escola moderna
Por: Maria Lúcia Spedo Hilsdorf
Angelica das Chagas Alves
Jessica Silva Pereira
O trabalho tem como objetivo fazer um breve balanço de como a educação escolar foi se desenvolvendo através dos séculos, dando origem às instituições do período moderno. Cobre dos primórdios do Cristianismo ao início do século XIX, mas dá protagonismo às instituições escolares constituídas nos três séculos (XVI-XVIII) da modernidade pedagógica: o colégio secundário, primeiramente o literário e posteriormente também o científico, e a escola elementar (primária). Detém-se, portanto, à soleira do grande movimento de disseminação delas pelos estados, que marca o início da contemporaneidade pedagógica.
Durante o Império Romano, as escolas clássicas, como eram chamadas as antigas instituições do período romano, ministravam o ensino de primeiras letras, de gramática e superiores (retórica e filosofia) funcionando sustentadas ou pelos benfeitores particulares, ou pela legislação imperial ou pelos dirigentes das cidades. Mesmo com a posição contrária de muitos padres e bispos, o que predominou foi o programa estabelecido por Agostinho (354-430) no De doctrina christiana, de que a educação dos jovens cristãos podia ser realizada nas escolas pagãs, desde que o conteúdo fosse bíblico e introdutório ao conhecimento sagrado. Em 527 o Concílio de Toledo legislou para que os bispos criassem, junto às igrejas, escolas para formar novos pregadores para evangelizar a população. Dois anos depois o Concílio de Vaison determinou que os padres abrissem escolas em suas paróquias rurais. Além das escolas paroquiais e episcopais, nasceram também as escolas monacais. Conforme se avançava para o período feudal e as cidades perdiam lentamente seu poder, a única forma de vida plena cristã era a que renunciava o mundo, tendo como representante exemplar o monge. No entanto, logo apareceu a oposição entre os mosteiros tradicionalistas e os de