Diáspora Africana no Ceará
Profª Julianna Formiga
Diáspora Africana no Ceará
Dayse Abreu
Adriana Gonçalves
Maria Bruna Silva
Maria Carolina
Patricia Felix
Estudantes Africanos originários dos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial) em Fortaleza e adjacências: Realidades, experiências, preconceitos e alteridade.
Resumo
A diáspora africana vivida por estudantes que se dirigem ao Brasil, originários dos PALOP – Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Angola, Moçambique, Cabo-Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe) é o tema em discussão. São jovens que compartilham um processo migratório com finalidade de estudos e formação e que vivem a experiência de estar fora de lugar em um país estrangeiro. Em jogo seus patrimônios sociais e culturais constituídos pela memória familiar e coletiva que toma por base o mundo africano e o contexto migratório. O trabalho fala de jovens universitários que vivem em repúblicas e em moradias estudantis na região de Fortaleza e adjacências. Discute-se aqui o contraste entre a visão distorcida que as maiorias têm do continente Africano em si e a sua verdadeira identidade aqui contada por os próprios participantes da pesquisa etnográfica feita em campo, os africanos. Além disso, as realidades, preconceitos e alteridades enfrentadas por esses jovens que até aqui se deslocam dos seus respectivos países de origem em busca de qualificação acadêmica e profissional e trocas de experiências.
Apresentação
O momento de globalização que altera as relações sociais e econômicas no mundo como um todo faz crescer a imigração africana dos PALOP – Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa – para o Brasil, temporária ou não, tal imigração vem assumindo uma dimensão e realidade que está a exigir investigações consistentes e orientadas ao que é ainda, uma realidade invisível no contexto brasileiro. Apesar disso e, talvez, por isso, estudantes africanos que aqui estão vêm produzindo, ainda de modo parcial,