Diárreia
Florianópolis - SC
Diarréia na criança: Conduta
1. Introdução:
a. Definição:
i. Clínica: A diarréia se caracteriza pela perda da consistência, aumento do número e / ou volume das deposições, com ou sem produtos patológicos: muco, pús, sangue, ou gordura. ii. Fisiopatológica: É decorrente de má-absorção de água, eletrólitos, e nutrientes.
b. Absorção intestinal: Em um adulto normal no duodeno chegam 9 litros de líquido por dia e perde-se pelo reto até 200 ml/dia ou 2,2% do volume original do duodeno. Portanto, em condições normais, o intestino tem eficiência absortiva em torno de 98%.
c. Fezes normais: Na criança peso feacal diário é de 10g/Kg peso/dia até 200g/dia no adulto.
d. Hábito intestinal: Na criança até 1ano até 6x/dia. Na maior de 1ano varia de 3x/dia até 1x em 3 dias. e. Enterites: Incidência, etiologia e morbimortalidade:
i. Em países ricos: aproximadamente 1/5 das consultas pediátricas são por enteroinfecção com predomínio da etiologia viral em relação a bacteriana. ii. Em países pobres: Nesses países, estima-se que crianças menores de 5 anos tem média
3 a 5 episódios de diarréia por ano. Como a duração média é de 6 dias: 5 episódios x 6 dias = 30 dias/ de diarréia /ano x 5 anos = 150 dias/5 anos, ou seja 5 meses de diarréia!
Quanto a etiologia há maior incidência de bactérias em relação aos vírus. iii. Morbilidade: As conseqüências das enterites são desidratação, sepsis, desnutrição, máabsorção, alergia alimentar. iv. Mortalidade: Está em torno de 1/200 (0,5%) quando há boas condições de atendimento.
2.
Diagnósticos iniciais:
a. No atendimento da criança com diarréia é fundamental estabelecer:
i. O diagnóstico anatômico: (O local ou segmento entérico acometido).
1. Diarréia alta ou do delgado: Volume grande, sem sangue.
2. Diarréia baixa ou colônica: Volume pequeno, com sangue. ii. O diagnóstico fisiopatológico: (Os mecanismos envolvidos).
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