diário político
POR FABIO BARBIERI · 06/11/2012 ·
BRASIL, FEATURED, POLÍTICA, PRINCÍPIOS, ÚLTIMAS ATUALIZAÇÕES ·
Não existe nada mais frustrante para um liberal do que os períodos de eleições no país. A grande maioria dos partidos tem inspiração socialista e absolutamente todos os candidatos são estatistas: pessoas que acreditam que os problemas de saúde, educação, transporte e economia se resolvem com mais poder na mão do estado.
Sem nenhum candidato que defenda posturas remotamente parecidas com suas próprias, o liberal oscila entre o voto útil (no candidato que aparenta apresentar menor ameaça aos valores de uma sociedade livre) e o voto nulo (diante da lembrança dos estragos feitos por alguns políticos que acreditávamos representar o menor dos males).
Para o liberal, familiarizado com as lições básicas da Economia (a triste ciência de revelar custos), a observação da atividade política (a alegre arte de esconder custos) nos coloca diante do espetáculo macabro da venda de um mundo sem escassez: o desfile de projetos governamentais com nomes pomposos, prometendo “mais” educação, saúde e transporte, sem que se especifiquem as fontes de recursos ou se discutam os custos de oportunidade de cada escolha. Essa competição demagógica gera um processo que se perpetua: se implementados, quanto maior for o fracasso desses projetos, maior será a demanda por verbas adicionais para ampliá-los, sem que jamais seja questionado se existe algo de errado com a própria lógica do tipo de solução proposta. Em um universo no qual os custos de oportunidades foram banidos, a alternativa liberal jamais será discutida. Se surgisse na arena política um crítico dos projetos estatistas, nunca seria visto como defensor de alguma política alternativa, mas sim como de inimigos da educação, saúde ou transporte.
Se não bastasse esse quadro desolador, o liberal ainda tem que se deparar com diversos insultos. Em primeiro lugar, nos é dito que temos os políticos que merecemos: a