diálogo de críton -"resumo"

PUCMINAS/Faculdade Mineira de Direito
Filosofia, Antropologia e Ética
Texto: Diálogos de Críton

1) Para a questão "Enfim, pagar o mal com o mal, como pretende a maioria, será uma atitude justa ou injusta"? (49c) o grupo deve fazer o exercício de responder SIM e NÃO. Na vida em sociedade, o indivíduo tende a se corromper no momento em que ele está inserido em um contexto em que muitos são injustos. Mesmo este indivíduo sendo bom, ele se vê em um meio cultural que busca sempre tomar vantagem sobre o outro, o que leva à ideia de que a compensação do injusto é sempre maior. Podemos ver isto, em escala menor, quando se trata de "furar filar", no momento em que a pessoa se sente na desvantagem ao perder seu lugar na fila, ela acredita que também está no direito de fazer o mesmo, visando seu retorno ao estado inicial de justiça. Isto se trata de uma ideia primitiva , um instinto animal que usamos até hoje, por vezes inconscientemente, buscando sempre a própria defesa, mesmo que em detrimento de outrem. Apesar disto, é possível observar que o "mal pelo mal" não é a melhor forma de abordar uma situação e que muito se ganha quando se pratica a justiça, logo, o bem. A injustiça se torna uma espécie de "corrente do mal", onde um mal leva a outro, se propagando com mais facilidade que o bem. Segundo Sócrates, vivemos em um coletivo onde as atitudes do indivíduo afetam o resto da sociedade, de forma que más atitudes corrompem o senso de justiça de outros, trazendo a violação do caráter. Assim, é possível retomar o exemplo de "furar filas", onde alguém sempre será injustiçado, gerando um ciclo vicioso. A partir disto, podemos ver a linha tênue entre o bem e o mal, pois, muitas vezes, nossos valores interferem no julgamento, tornando esse sendo de certo e errado algo subjetivo. A pena de morte mostra essas duas facetas, no momento em que em essência se trata de um mal gerando outro mal, mas perante as leis, é uma forma de fazer justiça.

2) O grupo concorda com a proposição?