Diversidade cultural

Os Parâmetros Curriculares Nacionais elegeram a Pluralidade Cultural como um dos temas transversais. Uma das definições da UNESCO sobre diversidade cultural é “o próprio reflexo da necessidade abrangente da múltipla diversidade de vidas na Natureza, a fim de que essa possa como um todo renovar-se e sobreviver”. Pois cada pessoa tem suas características próprias, e procura agrupar-se com aqueles que melhor se identifica. O Brasil se tornou uma síntese intercultural, devido a influencia da colonização, dos vários grupos de imigrantes que recebeu, além das diferenças culturais entre as regiões sul, sudeste, norte, nordeste e centro-oeste, devido ao tamanho do território nacional. Cada grupo cultural identifica-se pela língua, religião, dança, culinária, a arte, a moral, a lei, costumes e hábitos.
Temos os movimentos étnicos como os indígenas, afro-brasileiros; de gênero com os homossexuais e o movimento das mulheres; os de gerações com os meninos de rua e a terceira idade, e das diferenças físicas com os cegos e principalmente os surdos por serem usuários de outra Língua ou necessitarem de uma comunicação diferenciada. Mediante a globalização precisamos zelar pela INTERCULTURA que é integrar diferentes culturas, respeitando o direito à igualdade de dignidade e de oportunidades de todas, sem anular nenhuma delas. Bhabha (1998: 63 e ss), refere-se à cultura como um objeto do conhecimento empírico, reconhecendo conteúdos e costumes culturais pré-dados. Paulo Freire já visava promover a educação de adultos com base na sua cultura. Quando partimos do conhecimento já adquirido pelo aluno, através de sua cultura, a aprendizagem acontece de maneira bem mais significativa. Gilberto Ferreira da Silva (2002), em um de seus trabalhos percebeu que a escola é um dos ambientes em que mais ocorre discriminação, por outro lado é onde se pode trabalhar a interação e a acolhida do diferente de forma invisível, mediante o diálogo e o encontro, desencadeados pelo conflito marcados