Ditadura e Repressão: Chile e Brasil

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Legalidade de “tempos de guerra” e adaptação radical no Chile
Introdução
A ditadura no Chile começa com um golpe de Estado, no ano de 1973, e a deposição do então presidente Salvador Allende, e termina quando Augusto Pinochet entrega a presidência ao candidato vencedor das eleições. Fazendo um comparativo entre o regime militar chileno e o brasileiro, nota-se o maior radicalismo jurídico e institucional do primeiro. Durante o Regime Militar no Brasil, estabeleceu-se a prática da tortura generalizada, sendo proferida a pena de morte por 04 vezes, embora não tenha sido aplicada. No caso chileno, boa parte dos processos foi julgada em tribunais de “tempos de guerra”, tribunais onde o réu quase não tinha direitos procedimentais, nenhum direito real a recurso e enfrentava sentenças sumárias, incluindo a pena de morte.
Em alguns sentidos, o regime militar chileno era conservador. Por outro lado, o Chile adotou uma estratégia repressiva da qual o Brasil se afastou. O Chile usava as leis já existentes como arma judicial. Apesar de tudo, o regime militar chileno não teve papel apenas repressivo, mas também foi causador de mudanças econômicas, jurídicas e políticas.
Regimes chileno e brasileiro: Conexões
O Brasil reconheceu a junta militar chilena enviando seu embaixador em uma reunião com os dirigentes do novo regime. Por ordem desse embaixador, o visto a familiares brasileiros que quisessem voltar ao Brasil passou a ser negado e ele ainda facilitou a entrada de policiais brasileiros no Chile, com o dever de auxiliar nos interrogatórios que aconteciam no Estádio Nacional.
Sabe-se que brasileiros condenados ao exílio foram viver no Chile na época do golpe de 1973. Alguns brasileiros foram detidos no Estádio Nacional de Santiago e uma lista com seus nomes foi enviada para o Brasil, começando assim uma parceria com o objetivo de trocar informações de segurança entre os dois países.
Mesmo com essa conexão entre Brasil e Chile, houve uma grande diferença entre os

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