Ditadura da Beleza

A aparência de um ser é como a capa de um livro, um atrativo para que as pessoas se aproximem. Porém nem todos prezam por uma estética baseada em si, lutam para se encaixar em um padrão que não sabem exatamente de onde surgiu e nem possuem um porque formado para justificar o anseio de atingir um ideal de beleza. Cuidar-se é normal e se encaixa na natureza humana, o problema é quando o meio impõe regras rigorosas para o exterior de cada um e cumpri-las torna-se prioridade de vida. Essa repercussão desvantajosa causa uma série de impactos como é o caso das doenças, do consumismo, do bullying e da alienação.

O padrão de beleza atual sugere para as mulheres corpos magros com músculos delineados, já para os homens a perfeição é vista em músculos fortes e estruturados. Este estereótipo surge dos meios de influência, como por exemplo, os desfiles de moda em que modelos esqueléticas aparecem como o molde ideal para as roupas. Ou na mídia, em que anúncios manipulam, psicologicamente, os indivíduos a acharem que ter determinada aparência junto ao produto ideal seria a correção de seus problemas pessoais. Neste caso, a intenção da empresa é vender, porém editam a imagem dos atores produzindo um perfil inatingível. Involuntariamente, se pensa que estes exemplares devem ser copiados e qualquer divergência de tais deve ser motivo de vergonha. Assim confirma o psicólogo Élisson Santos “este padrão de beleza atual visa criar pessoas altamente ansiosas para que elas sejam altamente consumistas”.

Os indivíduos inseguros de sua aparência e culpados por não possuírem disciplina e recursos para chegarem ao padrão são propícios a desenvolver doenças e que, sem tratamento, podem acarretar a morte. As principais doenças são a: bulimia, anorexia e vigorexia, tais aparecem, principalmente, pela busca imediata do corpo ideal, em detrimento da saúde. A bulimia acontece quando o enfermo come muito e logo depois força o vômito. Já a anorexia ocorre no momento em