Disciplina e indisciplina: paradoxo no âmbito edcacional

AGIAPE
ASSOCIAÇÃO DE GRUPOS INTERDISCIPLINARES DE ASSISTÊNCIA A PROFESSORES E ESTUDANTES

DISCIPLINA E INDISCIPLINA: PARODOXO NO ÂMBITO EDUCACIONAL FAMILIAR E ESCOLAR ADRIANA KIM Nas gerações anteriores a palavra disciplina nos transmitia a ideia de autoritarismo, obediência submissa e falta de diálogo. Segundo o psiquiatra Itiba, conceitua a disciplina como um conjunto de regras éticas utilizadas para atingir um objetivo ou um resultado com menos recurso e em menos tempo. Portanto, disciplina é competência e qualidade de vida. A ética é entendida, aqui, como o critério qualitativo do comportamento humano que envolve e preserva o respeito ao bem-estar biopsicossocial.

Todos nós já presenciamos uma cena de pais elogiando os filhos pequenos por ações que na verdade deveriam ser interferidos no ocorrido momento, mas são vistos como: “o meu filho é engraçadinho”, “ele ainda é pequeno não sabe das coisas”, “deixa ele fazer o que quiser, pois tem que aproveitar a infância” e assim por diante. Todavia, são estes argumentos que incentivam os filhos a continuarem com os atos inadequados, e que em outras ocasiões podem receber uma mensagem mista deixando os confusos.

Quando me refiro à mensagem mista, suponho que a criança poderá associar a ideia dos elogios acreditando que para agradar os seus familiares deve executar a mesma ação. No entanto, se for reprovada por uma pessoa fora do seu grupo familiar, ela entrará em conflito do certo ou do errado. De acordo com o Hymes:
Freqüentemente as crianças se sentem perdidas e confusas, quando não assustadas, por nunca saberem de onde estão os limites. Freqüentemente se sentem não amadas, porque ninguém parece importar-se bastante com elas para ensinar-lhes o que é certo o que é errado, ou o que é ou não permitido. (Hymes, 1978, p. 60)

Outro exemplo é o caso de uma criança que usa o seu choro para conseguir o que deseja, pois percebeu que quando inicia o choro a sua mãe
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