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2503 palavras 11 páginas
LINCOLN, ABOLIÇÃO E MENSALÃO.
Sem iniciar este assunto com a clássica alusão à ética de resultados mencionada por Max Webber ou citar Nicolau Maquiavel, tão assertivo no afirmar que ao príncipe todos os meios estão justificados pela nobreza dos fins, certo é que a aprovação da emenda à constituição americana que aboliu a escravatura na mais festejada democracia do Planeta (refiro-me à Décima Terceira Emenda, de 1865), sob a presidência de Abraham Lincoln, deu-se em circunstâncias verdadeiramente peculiares. Preocupado em manter a União, consolidando-a, além de construir uma grande nação para o futuro, enfrentava ele a feroz hostilidade da rural e escravocrata bancada oposicionista (Democratas) e assistia, com tristeza, algumas defecções no seu próprio partido, o Republicano.
Na Casa dos Representantes, portanto, o prognóstico era o mais sombrio: derrota inevitável, com a rejeição da emenda libertária e manutenção da monstruosa chaga do cativeiro negro. Paralelamente a esse monumental esforço de construção social, o “Pai Abe” – assim o tratavam, carinhosamente, seus compatriotas --, formulador com voo de águia, que planejava para grandes distâncias e futuro remoto, vivia o terrível drama da guerra civil, separatista, a secessão. Duas gigantescas batalhas, travadas em distintas arenas: a política e a militar (nesta, discutia, pessoalmente, estratégias de combate com o General Ulysses Grant).
Ambas as frentes mostravam-se bem do tamanho da grandeza de alma e de caráter do desafiado. O tema é agora oportuno, não apenas pela notabilidade da recente obra cinematográfica Lincoln, que permite a todo povo um imediato e fácil vislumbre dessa tragédia, fechada com a pistola Derringer, calibre 44, de John Wilkes Booth, que o assassinou no Teatro Ford, mas também pelas intrigantes coincidências com supostas cooptações de votos no Parlamento do Brasil, que resultaram na aprovação da Emenda da Reeleição (governo Fernando Henrique Cardoso) e também no mais recente e

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