Direito

2565 palavras 11 páginas
Fichamento do Texto – Elogio a Serenidade
Autor: Norberto Bobbio

Elogio da Serenidade Entre os antigos, boa parte da ética se resolvia num tratado sobre as virtudes. Hoje os filósofos morais discutem a respeito de valores e opções e de sua maior ou menor racionalidade, bem como também a respeito de regras ou normas e por consequência direitos e deveres. Uma das grandes obras dedicadas ao tema clássico da virtude foi a segunda parte da Metafisica dos costumes de Kant intitulada “Doutrina da Virtude”. A ética de Kant é eminente uma ética do dever, e de modo especifico do dever interno distinto do dever externo, de que se ocupa a doutrina do direito. A virtude é aí definida como a força de vontade necessária para o cumprimento do próprio dever, como a força moral de que o homem necessita para combater os vícios que se opõem, como obstáculos ao cumprimento do dever. Como próprio Kant deixou claro, sua doutrina da virtude não tem nada a ver com a ética aristotélica. É parte integrante da ética do dever. Em “Les passions de l’amme”, de Descartes, na parte da Ética de Espinosa intitulada “De origine et natura affectuum”, nos capítulos introdutórios das obras políticas de Hobbes, Elements of Law Natural and Politic e Leviatã. A doutrina ética, em vez disso, encontrou seu lugar, na doutrina do direito natural, no tratamento dos elementos da moral, o ponto de vista das leis ou das regras (morais, jurídicas do costume), donde a resolução da ética na doutrina dos deveres e, respectivamente dos direitos. A análise das virtudes continuou a ter sua expressão natural na obra dos moralistas, de que hoje praticamente se perderam as pistas. Mais ainda, na sociedade do bem-estar, o moralista é considerado no melhor dos casos um desmancha-prazeres. O moralista virou sinônimo de chorão, de alguém que se lamenta sempre, de pedagogo que ninguém escuta e é meio ridículo, de alguém que prega ao vento e fustiga os costumes, uma pessoa tão cansativa quanto,

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