Direito

4142 palavras 17 páginas
Portas que se abrem
Desde fevereiro de 2013, Francisco vinha encantando os fiéis, as mídias e seu público com atitudes simbólicas de marcação de uma nova etapa na vida da Igreja Católica, que necessitaria imprimir: despojamento, humildade, busca de correção de princípios e de retidão. Os posicionamentos do Papa Francisco em terras brasileiras reafirmaram estas atitudes.
Não é por acaso que essas posturas e palavras de Francisco estejam animando e renovando a esperança de novos tempos para os grupos católicos chamados progressistas (em especial os teólogos da libertação, as pastorais sociais e as Comunidades Eclesiais de Base), colocados à margem da igreja durante mais de duas décadas, por meio de processos de silenciamento e da nomeação de bispos que diminuíram seus espaços. Ações em nome de um projeto de nova cristandade implementado pelo Papa João Paulo II (Evangelização 2000/Lumen 2000), que não enfatizava posturas políticas de compromisso com a promoção da justiça mas sim a reafirmação da identidade religiosa católico-romana.
O declínio do catolicismo em termos numéricos, em especial no continente onde repousava sua maior força, o latino-americano, revelou os rumos malsucedidos no projeto. Se João Paulo II ainda atraía atenções para a Igreja Católica e alcançava adesões e simpatia com seu carisma pessoal e sua história de pastor polonês, de “papa do povo”, Bento XVI com sua postura burocrática, frieza e distância do povo levou a um crescente desgaste de imagem. Ambos os pontificados foram engolidos pelas tramas da política eclesiástica alimentadas por escândalos comprometedores da trajetória da Igreja e pelas posturas de fechamento da igreja ao diálogo interno (entre suas diferentes tendências teológicas) e externo (com as demandas da sociedade).
Francisco retoma o carisma da popularidade de João Paulo II casando-a com um discurso de pastor, solidário, preocupado com quem sofre e carece de atenção e justiça. Torna-se uma promessa de novos tempos para uma

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