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O SURGIMENTO DA FILOSOFIA NA GRECIA ANTIGA
Na Grécia do séc. VI a.C. houve uma alteração significativa na forma de se pensar as questões do mundo e da realidade. Antigamente todas as coisas eram explicadas pelo pensamento mítico.
(2010) “O pensamento mítico consiste em uma forma pela qual um povo explica aspectos essenciais da realidade em que vive: a origem do mundo1, o funcionamento da natureza e dos processos naturais e as origens deste povo, bem como seus valores2 básicos” (p. 20).
O mito tem como característica importante a forma como é transmitido, configurando uma espécie de discurso imaginário que é perpetuado através dos tempos e vindo hoje a fazer parte da expressão da cultura de um povo. É aceito, na medida em que é considerado, a explicação da realidade, das experiências dessa realidade, assim não se exige questionamento.
(2010) “As lendas e narrativas míticas não são produtos de um autor ou autores, mas parte da tradição cultural e folclórica de um povo. Sua origem cronológica é indeterminada, e sua forma de transmissão é basicamente oral.” (p. 20).
Opondo-se ao pensamento mítico nasce através de Tales de Mileto, no séc. VI a.C. uma forma diferente de perceber o mundo, considerado por Aristóteles como o primeiro filósofo a inaugurar o pensamento filosófico-científico, este com o intuito explicar a realidade através da causa e efeito buscando dentro da realidade natural as explicações.
(2010) “A chave da explicação do mundo de nossa experiência estaria então, para esses pensadores, no próprio mundo, e não fora dele, em alguma realidade misteriosa e inacessível. O mundo se abre, assim, ao conhecimento, à possibilidade total de explicação – ao menos em princípio – à ciência portanto” (p. 21).
As alterações na maneira de pensar de uma sociedade, ocorre devido a mudanças nos contextos históricos, econômicos, políticos, que impulsiona a transformação, permitindo que antigos paradigmas vá caindo para que nova proposta mais adequada possa surgir.