Direito

A administração ineficiente, processos judiciais lentos, desrespeito às leis de execução penal e uma sociedade desigual. Adicionando a essa mistura elementos como preconceito social e uma defensoria pública fraca, terá como resultado o sistema penitenciário brasileiro. Sem capacidade de reabilitar os condenados e instalados em um país que investe mais em repressão do que em prevenção, a situação carcerária do Brasil há muito tempo é caótica. “trabalhamos com o lixo que a sociedade julga o ser e que o governo os trata como”. Hudson Luiz da Silva. Agente Penitenciário do RN.
Esta frase não só significa apenas como a sociedade e o governo ver hoje o presidiário, mas uma forma para refletirmos como esse ciclo vicioso que encontramos hoje no Brasi, amontoar delinqüentes em um cubículo é capaz de transformá-los em seres desprovidos de resocialização.
Compreendendo o problema carcerário como problema político que necessita ser debatido no espaço público, com uma ampla participação da sociedade, fica claro que não basta apenas enjaular os criminosos e alimentá-los, precisamos educá-los, tratá-los com respeito e dignidade. A prisão precisa ser discutida como espaço de resgate da dignidade e não do aprofundamento da marginalidade, o que não pode ser tarefa de um punhado de militantes e abnegados.
Um consenso entre os que trabalham com o sistema penal do país: não existe solução a curto prazo para a situação do cárcere no Brasil. Não há milagre para o sistema penitenciário. Será preciso muito tempo e trabalho para a situação melhorar, vice- Embora o problema não possa ser resolvido de uma hora para outra, ele não é insolúvel, existem caminhos possíveis para as prisões do país. Todos, porém, dependem de vontade política e envolvimento da sociedade.
O tema da criminalidade e da violência vem se tornando a primeira preocupação dos