dinamica da agua no solo
1. Infiltração
1.1. Conceitos
A infiltração da água no solo é um processo importante da fase terrestre do ciclo hidrológico, uma vez que determina quanto de água da chuva penetra no solo e quanto escoa superficialmente. As atividades de uso da terra exercem significativa influência sobre a infiltração, e o homem pode, assim, modificar a capacidade de infiltração dos solos através do manejo. A meta maior de um programa de manejo integrado de microbacias hidrográficas deve ser a manutenção das condições ótimas da infiltração.
O processo de infiltração define a entrada de água no solo. Já o movimento da água dentro do perfil é comumente referido como percolação. A infiltração é, desta forma, um processo de superfície, ao passo que a percolação é um processo interno.
Os dois processos, todavia, estão intimamente ligados, já que a infiltração não pode continuar se não houver percolação da água dentro do solo.
O conceito de infiltração no ciclo hidrológico foi introduzido por HORTON (1933). Este autor definiu
"capacidade de infiltração" (fc) como sendo a taxa máxima com que um dado solo, em determinadas condições, pode absorver água.
Quando a intensidade da chuva for inferior ao valor de fc, então a infiltração ocorre a uma taxa menor, referida como
"taxa real de infiltração", ou simplesmente infiltração (f).
Estas relações são ilustradas na Figura
Segundo este conceito Hortoniano, toda vez que a intensidade da chuva for maior que a capacidade de infiltração (fc), ocorre escoamento superficial. Por outro lado, quando a intensidade da chuva for menor que o valor de fc, toda a água se infiltra (f) e não ocorre escoamento superficial.
De maneira geral, a partir de condições de solo seco, a infiltração apresenta uma taxa inicial alta, a qual diminui gradativamente durante uma chuva prolongada, até que atinge um valor constante (fc), de acordo com a seguinte equação (HORTON, 1940): f = fc + (fo - fc).e-kt onde: f= taxa real de infiltração
fc=