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INTRODUÇÃO
É indispensável que antes de abordar o assunto de falência, recuperação judicial e extrajudicial da sociedade empresária, é necessário analisarmos em uma linha de pensamento cronológica, a evolução da civilização em relação ao assunto. Na Antiguidade, a execução de um devedor muitas vezes era violenta, tendo este de pagar com a própria vida em alguns casos. Citamos como exemplo o Código de Manu, que trata sobre a legislação do mundo indiano. Composto em versos, foi redigido entre os séculos II a.C. e II d.C. O livro oitavo em seu capítulo 10, Do Inadimplemento em Geral das Obrigações, expõe as punições para aqueles que não quitam suas dívidas.
Outro exemplo, e um dos mais citados em livros de Direito é o Código de Hamurabi, criado na Mesopotâmia, segundo especialistas em 1700 a.C., que por sua vez é mais antigo que o de Manu e influenciou civilizações como as da Grécia, Judéia e Assíria. Este Código, regia também sobre as relações de mercancia e outros atos da vida civil. Uma semelhança com o Código de Manu é a punição para aqueles que não cumprem a lei.Com o passar do tempo, na Idade Média, o poder para executar o devedor passou a ser exclusivamente da Justiça do Estado, e este teria que pagar com o seu próprio patrimônio.
Mas, um dos maiores avanços foi o Código Napoleônico, de 1807 que permitia oficializar as relações de cunho comercial e muitas legislações de outros países europeus e latino-americanos o tiveram como base em seus códigos comerciais.
Em virtude do grande crescimento da economia mundial, muitas organizações surgiram e a relação entre elas e a sociedade é muito ligada. Muitas vezes a economia passa por crises, e não é diferente com as empresas. Ter um empreendimento nos dias de hoje requer do administrador de empresas muita cautela em suas decisões. São tantas as necessidades do consumidor, que em alguns casos a empresa faz de tudo para se manter ativa, e esse é o cerne de nosso trabalho. Quando uma empresa se endivida a ponto de