Dicotomias psicologia 12º

Todos nós conhecemos a psicologia como uma ciência que estuda o comportamento humano e a forma como a nossa mente funciona, mas nem sempre assim foi. Quando a psicologia surgiu, centrava-se apenas em compreender o interior do homem, na sua forma de pensar, factor que a mantinha inevitavelmente ligada á filosofia. Apenas mais tarde é que adoptou uma metodologia baseada na observação e no controlo experimental, tomando mais atenção ao comportamento humano, e nos finais do século XIX torna-se finalmente uma ciência independente.
Actualmente a psicologia pode ser definida então como a ciência que estuda o comportamento e os processos mentais, sendo o comportamento definido por qualquer acto efectuado pelo organismo e que possa ser observado e registado (ex: rir, chorar, correr) e os processos mentais como fenómenos internos e subjectivos, vividos pelo próprio sujeito e não observáveis, deduzidos a partir dos comportamentos observados (ex: emoções, lembranças, pensamentos).
Como todas as ciências, a psicologia tem um método e objectivos, sendo estes: descrever comportamentos e processos mentais; em seguida explicá-los, o que requer identificar as causas que os determinam; tentar prevê-los e por último controlar as circunstâncias em que os comportamentos ocorrem, podendo minimizar quaisquer efeitos negativos.
Na tentativa de compreender o ser humano, os psicólogos, conforme foram investigando e tirando as suas próprias conclusões, foram inevitavelmente assumindo posições extremadas e unidireccionais, levantando então algumas questões dicotómicas de acordo com as suas formas de pensar: inato-adquirido, interno-externo, individual-social, estabilidade-mudança e continuidade-descontinuidade.
Em relação á dicotomia inato-adquirido, a questão levantada é: “Como é que nos tornamos humanos?”. A partir desta questão, surgem dois modelos, o modelo maturacionista e o modelo behaviorista. Os psicólogos maturacionistas, como Gesell, acreditam que o desenvolvimento humano é