Dialogando as perspectivas de hegel: alguns argumentos centrais

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Dialogando as perspectivas de Hegel: alguns argumentos centrais

Ao contrário de uma possível contradição metodológica entre a História e a Filosofia, Hegel afirma que a história do mundo só pode ser contada e contemplada à medida que ela se valha da filosofia, fonte de especulação e reflexão racional. Assim, propõe a união dessas ciências, pois compreende que “na história do mundo as coisas aconteceram racionalmente”, (HEGEL, 2001: 53). Para Hegel “a Razão governa e governou o mundo” (HEGEL, 2001: 58), portanto a História do mundo seria regida por uma razão interna ao processo histórico – História em si (an sich) – e orientada para o futuro. Estabelece então, um sentido histórico do processo racional direcionado para o devir. Neste processo, Deus que é a Idéia, se manifesta no espírito humano, que se realiza dentro da História. Ou seja, Hegel acredita na forma racional da providência inerente ao processo histórico, se contrapondo desta maneira à Kant[1], que concebe a providência como uma força fora da História, e, portanto, irracional. Nesse sentido, Hegel rompe com a concepção de catástrofe, do caótico, da fortuna, e, portanto, passa a conceber todo o processo histórico dotado de uma racionalidade do desenvolvimento da humanidade.

Entretanto, esse desenvolvimento da humanidade se daria através das relações conflituosas dialéticas: tese, antítese e síntese, como Idéia, Natureza e Espírito. Tal pensamento dialético se embasava numa idéia de progressão na qual cada movimento sucessivo surge como uma solução das contradições inerentes ao movimento anterior. Estas forças dialéticas estariam presentes num processo constante na evolução da história do mundo, que por sua vez, teria como objetivo final a liberdade (essência do Espírito), que se realizaria no Estado Constitucional, pelo processo de consciência e autoconsciência do Espírito. Ora, o Estado, para Hegel, é compreendido pelo conjunto de leis e moral, que permitiu que os povos se

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