Diagnóstico da fertilidade do solo no assentamento banco da terra – nova xavantina, mt, brasil.

1º FÓRUM PAULISTA DE AGROECOLOGIA DIAGNÓSTICO DA FERTILIDADE DO SOLO NO ASSENTAMENTO BANCO DA TERRA – NOVA XAVANTINA, MT, BRASIL.
KONZEN, A. R. 1; THEODORO, V. C. A. de1 ; VIEGAS, L. P.1; LAFORGA, G.1; DUARTE, W. M.1 e ALVES, T. C. U.1
1

UNEMAT, [e-mail].

Resumo O Assentamento Banco da Terra está inserido no Bioma Cerrado, no nordeste do Estado de Mato Grosso, próximo à cidade de Nova Xavantina, a qual pode se constituir em uma área de produção de hortifrutigranjeiros objetivando segurança alimentar. O diagnóstico da fertilidade do solo em seis propriedades agrícolas familiares foi realizado através de seleção de propriedades com potencial de transição agroecológica e em áreas produtivas indicadas pelos produtores. Os resultados apontam teores médios de matéria orgânica de 27,91 g kg-1 em solo de textura média o que representa um excelente indicador de manejo conservacionista do solo e níveis adequados de P e K. A acidez média e os teores médios do V% e baixo do Al3+ indicam necessidade da prática da calagem nos agroecossistemas avaliados. Palavras-chave: técnicas alternativas, agricultura familiar, transição agroecológica.

Introdução A cultura da soja se espalhou por toda a Geografia Brasileira, nas três últimas décadas ocupando uma área cinco vezes e meia superior à da Holanda (SCHLESINGER & NORONHA, 2006); e o Estado de Mato Grosso se constitui no segundo maior produtor mundial dessa oleaginosa. Entretanto, outras realidades co-existem em terras matogrossenses, segundo dados da DTI/SIPRA/INCRA, existem atualmente 553 projetos de assentamento, abrangendo uma área de aproximadamente 6 milhões de hectares, beneficiando 77.531 famílias. Somente no Município de Nova Xavantina são aproximadamente 1.060 famílias assentadas (a população total é de 18.670 habitantes), em uma área de 60.612 ha. O diagnóstico da fertilidade do solo é uma ferramenta útil na detecção de possíveis entraves que podem afetar a produtividade dos agroecossistemas,