Determinante econômico do crack

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Economicamente, embora o crack gere menos renda para o traficante por peso de cocaína produzida, sendo mais viciante, garante um mercado cativo de consumo. A pressão sobre o tráfico de cocaína para os países ricos, tem deslocado o tráfico para o mercado de crack, passível de ser facilmente colocado para populações de baixa renda.
Porém, até pouco tempo, a classe média achava que era vítima do tráfico quando um usuário de drogas roubava a bolsa de uma madame, ou o relógio de algum motorista distraído no semáforo. No entanto, de alguns anos para cá, essa convivência está cada vez mais intensa. De meros personagens em uma história marcada pela violência, “madames” e “motoristas” passaram a ser também mães e pais de viciados. O número de viciados em crack pertencentes à classe mais alta da sociedade está cada vez maior, e pior, não para de crescer. O marketing feito pelo traficante é decisivo na hora do usuário de classe mais alta escolher o crack. “Geralmente acontece quando ele vai comprar a cocaína e não encontra. Também existem casos em que a droga não faz mais efeito e o usuário precisa de algo a mais, e são nessas horas que o poder de persuasão do traficante fala mais alto, empurrando o crack como uma sugestão para suprir aquela necessidade”.
Embora feito à base da pasta-base da coca, como a cocaína, o crack impulsiona uma dinâmica econômica nova, que redefine substancialmente o mercado de drogas ilícitas no Brasil. O não entendimento dessa nova realidade tem implicado em ações policiais ineficazes. E essa incompreensão é partilhada tanto pelo judiciário quanto pelo setor de saúde pública. Por isso mesmo, a explicitação dos contornos específicos do insidioso e perverso mercado do crack é uma tarefa fundamental a ser assumida pela economia e a sociologia no nosso país. Em algumas cidades, como São Paulo, já são mais de duas décadas de entrada em cena do consumo do crack, sem sinais de esgotamento. Muito pelo contrário, a onda se irradia pelo país, incorporando,

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