desmoronamento
O desabamento que atingiu na tarde da última sexta-feira (12) o canteiro de obras da linha 4 do metrô de São Paulo, na futura estação Pinheiros, colocou em xeque a estabilidade e segurança de todas as operações e métodos de construção adotados na obra. O desabamento dobrou o tamanho do buraco aberto para levar equipamentos a 30 metros de profundidade e formou uma cratera com cerca de 80 metros de diâmetro, que sugou carros e caminhões que estavam estacionados na região; e provocou a morte de uma pedestre, de passageiros de uma van e do motorista que trabalhava na obra.
O acidente, de acordo com as construtoras responsáveis pela obra, ocorreu devido à instabilidade do solo da região, agravada pelas fortes chuvas que atingiram a cidade nos últimos dias. As empresas em questão fazem parte do Consórcio Via Amarela – que é integrado pela CBPO Engenharia, Queiroz Galvão, OAS, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez.
O secretário dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, José Luiz Portella, e o presidente do Metrô, Luiz Carlos David, reconheceram durante uma coletiva de imprensa, que na última quinta-feira (11) instrumentos de medição das obras detectaram que o revestimento do túnel estava cedendo. Essa informação também foi confirmada por técnicos do Consórcio que perceberam - na quinta-feira de manhã - uma fissura de 20 milímetros na parte superior do túnel que levava à futura Estação Pinheiros.
Segundo os técnicos, foi realizada uma reunião na qual projetistas recomendaram a instalação de "parafusos gigantes" nas paredes - técnica conhecida como atirantamento - para conter o rebaixamento da estrutura e neutralizar os efeitos provocados pela pressão do solo que empurrava as duas paredes do arco do túnel para o lado de dentro. O atirantamento serviria, também, para fazer pressão no sentido contrário, mantendo a distância ideal entre as paredes. No entanto, não houve tempo para aplicar a solução de emergência.
Outro desafio